Santa Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja
Data Litúrgica: 01 de outubro
Nasceu em Alençon (França) no ano 1873. Entrou ainda muito jovem no mosteiro das Carmelitas de Lisieux e exercitou-se de modo singular na humildade, na simplicidade evangélica e confiança em Deus, virtudes que também procurou inculcar especialmente nas noviças do seu mosteiro. Morreu a 30 de setembro de 1897, oferecendo a sua vida pela salvação das almas e pela Igreja.
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Canto de Entrada: Vem comigo do Libano (Antífona de Entrada – Gradual Próprio do Carmelo) PARTITURA
A antífona de entrada escolhida pela Igreja para Celebrar Santa Teresinha do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja, Padroeira das Missões, tem uma especial mensagem para nós ao adentrarmos à Santa Missa. *Vem comigo, do Líbano!* O Líbano é um lugar de beleza e abundância, frequentemente associado à presença de Deus e às bênçãos divinas. As passagens que mencionam o Líbano podem ser interpretadas como uma representação da generosidade e do cuidado de Deus para com a humanidade.
O Capítulo 4 do livro do Cântico dos Cânticos é um bálsamo para celebrarmos Santa Teresinha do Menino Jesus. Este trecho é um hino à pureza, mas é muito mais que isso. Este belo texto muito utilizado para as profissões perpétuas das virgens é para nós um convite e restauração da beleza original com o que fomos criados, segundo a Santa Madre do Carmelo, é chegar à sétima morada, o ápice da vida Cristã. O Esposo é Jesus Cristo, cujo lado aberto deu à luz a Igreja, sua Esposa Amada! Assim, Jesus nos convida a busca pela santidade, assim como Santa Teresinha nos ensina através de uma vida simples e desapegada de tudo o que é terreno, tudo o que passa.
O salmo 112, aqui com uma tradução de “louvai ó servos”, em uma tradução mais literal seria “louvai ó crianças”. O salmo convida ao louvor a Deus, ao nome do Senhor como crianças. Pois o homem adulto é cheio de si, mas as crianças são inteiramente confiantes no seu Pai. O louvor dos pequeninos, daqueles cujo o coração é puro, é o perfeito louvor. O salmo convida ao louvor até a eternidade, para que possamos conservar o coração sempre pequenino e puro.
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Apresentação dos Dons: A minha alma engrandece ao Senhor (Antífona de Ofertório – Gradual Próprio do Carmelo) PARTITURA
Perguntamos o que o Magnificat da Santíssima Virgem estaria como Antífona de Ofertório de Santa Teresinha… Quem dera o fosse pronunciado em nossa vida todos os dias. Este hino é para nós modelo, pois nada é possível sem que haja a graça de Deus. É o que reconhece Santa Teresinha em toda a sua vida, como se, através do Magnificat também dissesse: “Deus cumprirá em meu corpo as maravilhas que prenunciou. Minha alma não ficará sem fruto diante de Deus. Convém, pois, que eu ofereça o fruto da minha vontade, pois quanto maior é o milagre com que sou agraciada, tanto mais sou obrigada a glorificar Aquele que opera em mim maravilhas.” (texto tirado de Catena Aurea, Evangelho de Lucas, Expositor grego, pg. 71)
No momento do ofertório, meditando esta antífona na memória de Santa Teresinha, deixemos nos contagiar pela pequenez que fez esta Santa tão grandiosa! Ela que desempenhou tão bem a virtude da humildade, possa nos ensinar o caminho que nos leva a dar frutos de humildade e entrega, para rezar como na oração que o padre fará sobre as oferendas: “Ó Deus, ao proclamarmos as vossas maravilhas em Santa Teresinha, ouvi as nossas preces e, assim como seus méritos vos agradam, também vos agrade o nosso culto.”
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Canto de Comunhão: Ele a cercou de carinhos e cuidados (Antífona de Comunhão – Gradual Próprio do Carmelo) PARTITURA
No final da vida do grande legislador, quando Israel estava prestes a entrar na terra prometida, Moisés traz para o povo um hino que segundo ele Deus o havia revelado, deveria passar de geração em geração e ser ensinado de pai para filho, uma verdadeira catequese, uma profissão de fé. Um cântico que o povo deveria ter sempre diante de si e de seus ouvidos, para se lembrarem de tudo o que Deus havia feito por eles, e o que eles fariam contra Deus.
O texto da antífona revela o cuidado e o carinho com que Deus tratou Santa Teresinha e é também da mesma forma que procede com cada um de nós. Ele deu a ela e nos dá uma especial proteção. No Antigo Testamento vemos algumas expressões como “mãos de Deus”, “boca de Deus”, “pupila dos olhos”, etc, referenciando as partes do corpo. Porém, sabemos que Deus é espírito, e, portanto, não possui esses atributos físicos. Deus é transcendente. A pupila dos olhos é a parte mais sensível do corpo humano. É ela quem protege os olhos. Qualquer cisco no olho é um incomodo, um enorme desconforto. Os olhos na Bíblia significa um dos maiores tesouros.
Um outro aspecto da pupila é que ela se dilata e contrai conforme a luminosidade do ambiente. A pupila será maior quando menos luminosidade e menor quanto maior a luminosidade. Ela também faz a interface do sistema de defesa, que a parte interna dos olhos é livre de vasculatura, assim, concede espaço para que as imagens sejam reveladas. O texto nos provoca a pensarmos no ideal que Deus projetou para nós. Nós somos como pupilas, através de nós Deus enxerga algo e nos revela como devemos ser: “à sua imagem e semelhança”. Ele nos guarda e nos protege, mas assim como a águia, agita o ninho para que seus filhotes possam voar! Em nosso voo, Deus nos transporta em suas asas, ou seja, nunca estaremos sozinhos. E junto de Santa Teresinha, recebendo Jesus Cristo, Corpo, Sangue, Alma e Divindade, aspiramos a terra prometida (a Jerusalém Celeste), assim como Moisés em seu último cântico. Dentro de nossos corações seremos agitados a sair do ninho, a sair em missão de Evangelização, sabendo que quem nos guia é o Senhor e que nos transporta em suas asas. Santa Teresinha padroeira das Missões nos ensine a sermos verdadeiras pupilas dos olhos de Deus para revelar seu amor aos pequenos, sendo luz que revela a Imagem de Deus aos seus filhos perdidos com humildade e amor a Deus, obedientes à Sua Palavra.
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Outras antífonas que podem ser utilizadas nesta liturgia: